domingo, 20 de maio de 2012

Mais Adeus Mocidade

Nessa nova fase de nosso blog, quando estamos expondo cartazes e programas em ordem cronológica, sempre os pontuaremos com críticas. Sobre Teatro Amador, que foi o início da carreira de Osmar Rodrigues Cruz como diretor, possuímos raridades de críticas e artigos sobre o assunto. Para aqueles que gostam da pesquisa, esses documentos constam do arquivo pessoal de Osmar, assim como de nosso livro Osmar Rodrigues Cruz – Uma Vida no Teatro (Hucitec – 2001). Esperamos que gostem.










1946














1948








TRECHOS CRÍTICA - JORNAL CLAN POR LUPÉRCIO RODRIGUES HARO - 06/1946
“Adeus mocidade”
A 13 de março de 1946 foi levada a cena em “reprise”, no Conservatório Dramático Musical de São Paulo, pelo Teatro do Centro Acadêmico “Horácio Berlinck”, a comédia “Adeus Mocidade”, em três atos, de Sandro Camasio e Nino Oxília – tradução de Oduvaldo Viana.
Essa peça, que possui um belíssimo enredo ocupa na hierarquia teatral um dos primeiros planos. O conjunto teatral do Centro possui elementos de boa vontade, o que contribui bastante para o êxito desta apresentação. Quem assistiu à primeira, pode, nesta segunda, fazer um pequeno paralelo. Da primeira vez, apesar de ser novidade tanto a peça como o “teatro”, ela obteve um grande sucesso sendo muito bem representada devido o grande entusiasmo dos nossos atores novos. Já da segunda vez, a calma e a precisão da marcação deram à peça maior técnica, mas não se verificou o mesmo entusiasmo por parte do elenco, fator este que tirou um pouco da comicidade que houve na primeira representação.
O Trabalho apresentado pelo novo quadro artístico foi bom, e muitas vezes chegou a ser  ótimo, mas nem por isso deixou de ter os seus pontos fracos. Numa análise geral, podemos dizer que a peça correu perfeitamente bem nos seus três atos, tendo surgidos apenas falhas pequenas, que só um olho crítico poderia notar.
(...) sendo essa a segunda vez que esses jovens enfrentam uma platéia, sentimo-nos na obrigação de elogiar a nossa valorosa “troupe” que apenas há meses iniciou-se na carreira teatral e já promete muito para o futuro(...)