sexta-feira, 12 de julho de 2019



(entrada original do TPS)







 
INSTITUTO OSMAR RODRIGUES CRUZ



TEATRO NACIONAL POPULAR BRASILEIRO (TNPB)




Parte 2

Fizemos, por nossa conta, um enxugamento da segunda e terceira parte, pois a retórica portuguesa e discussões de autores e analistas é realmente maçante. Ninguém duvida de que este prefácio de João Ribeiro é uma pérola de informações relevantes da própria história geral. A análise e a história da Inquisição, na primeira parte, é excelente, situa o poeta e mostra sua curta vida entre nós.



“As representações teatrais pelos começos do século XVIII correspondiam à decadência deste gênero literário em Portugal. Em regra, as melhores comédias e quase as únicas eram as espanholas, que monopolizaram a cena por muito tempo ainda em concorrência com a ópera italiana, no reinado de D. João V. Sob os auspícios e proteção deste rei magnífico a Ópera régia e deslumbrante suplantou o pobre teatro português, e os seus democráticos pateos de comedias frequentados pelo povo. Antônio José, porém, reergueu-o.

A invenção genial do poeta foi ajuntar à comédia de tipo espanhol algo da ópera italiana, entremeando de músicas nacionais e italianas, ou árias os diálogos das suas peças. Assim contrapôs à estrangeira a ópera popular e nacional, menos culta ou científica, mas muito mais profunda porque se prendia às raízes da alma e da tradição popular.”

(...)

“Qualquer que sejam, porém, a ciência e a técnica dos conhecedores de teatro, as verdadeiras obras de arte são sempre aquelas que mereceram e merecem a eterna estima do povo.

Literatura para poucos é uma invencionice da mediocridade. Toda literatura é essencialmente popular, e é apenas a expressão mais alevantada e mais erguida das ideias, tradições e sentimentos do povo.”   

(grifo nosso)   



Muitos textos são atribuídos a Antônio José, porém não se tem registro de publicação. Alguns nem foram encenados, outros sempre fizeram muito sucesso e eram representados no Teatro do Bairro Alto em Lisboa.

Registro das suas obras sempre intituladas como Óperas Portuguesas:



Dom Quixote, Labirinto de Creta, Júpiter e Alcmena ou Anfitrião, A Ezopaida, Guerras do Alecrim e Manjerona, Variedades de Proteu, Precipício de Faeonte, Os Encantos de Medéia, Adriano em Syria, Semiramis, Filinto, Adolonymo, Ninfa Siringa, Encantos de Circe e Obras do Diabinho da mão furada.





  OSMAR ESPECTADOR


Coleção de Programas de Teatro das décadas de 40 e 50




O Grupo de Teatro do Grêmio Caixa Econômica Federal traz um teatro de repertório com a apresentação de três textos. Os Irmãos das Almas de Martins Pena, Amor por Anexins de Artur Azevedo e O Aniversário de Anton Tchecov, estes dois últimos peças curtas. Este Grupo coeso criado por Osmar Rodrigues Cruz e J. E. Coelho Neto, apresentará Guerras do Alecrim e Manjerona de Antônio José da Silva citado acima.   












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