sexta-feira, 3 de agosto de 2018


   

           TEATRO NACIONAL POPULAR BRASILEIRO




INDIOS ESCRAVOS? NEM PENSAR!



Como já foi dito, os indígenas possuíam suas próprias crenças e manifestações de sua religiosidade. Assim sendo possuíam cerimônias religiosas onde misturavam os conhecimentos do pagé, às vezes para mudanças e a reverência aos deuses de suas crenças. Essa forma que a cerimônia é unia conhecimento e religião. Sua forma de vida completamente libertária e reverente à natureza sempre foi motivo de ameaça frente a outro tipo de sociedade. A civilização que temos sempre como exemplo é a europeia e naquele período mais ainda, pois o mundo ainda não se conhecia como hoje.

Nem todos os índios eram pacíficos, existiam aqueles que não concordavam com a usurpação de suas terras e que houvesse qualquer tipo de dominação. Por isso, muitas aldeias se rebelaram contra a ocupação portuguesa. Conforme a ocupação das terras indígenas (leia-se todo o país!) se dava os brancos “civilizados” foram estabelecendo limites para que várias regiões surgissem. Delimitavam fronteiras sem critério algum, invadindo tribos e invadindo as tribos pelo meio delas.

O mais cruel foi o uso das armas de fogo que os índios desconheciam e que ocasionou a maioria das mortes. A resistência indígena se deu implacavelmente, várias tribos se uniram para combater os brancos com suas armas. Eram emboscadas e flechas certeiras, eram armadilhas que os brancos desconheciam. As tribos antropófagas chegaram a devorar uma comitiva inteira! O caso mais famoso é do bispo Sardinha literalmente devorado pela tribo.

E em terras brasileiras já se encontravam estabelecidas as capitanias. A ganância de produção de cana de açúcar e extração de pau brasil destinadas à exportação para Portugal necessitava de mão de obra. Os índios não se deixaram escravizar, tentaram a muito custo (até hoje) manter suas terras e viver conforme seus costumes. Os que se deixaram, sem opção, escravizar continuaram a servir aos brancos, até que alguma doença os matasse. Já não serviam somente aos portugueses, porque outros países predadores tentavam tomar as terras brasileiras como holandeses, franceses e espanhóis que rondavam em toda América do Sul.

Nesta época vejamos o que Portugal já havia invadido no mundo: em 1557 se estabeleceram em Macau na China, em 1571 criam uma Colônia em Angola na África e em 1560 iniciaram o cultivo de cana de açúcar no Brasil como citado.

A nossa cultura indígena continua bravamente preservando suas raízes e seus poucos territórios. Sua linguagem influenciou muito o surgimento do idioma brasileiro.

Pode ser maçante tanta história, mas é necessária para compreendemos a formação de nossa brasilidade. Isto influenciará, sem dúvida, o nosso teatro como também a vinda de atores portugueses para o Brasil.

Nossa base de hoje foi o livro de Edwaldo Cafezeiro e Carmem Gadelha, uma referência de História do Teatro Brasileiro, Funarte 1996.

Dica: Texto teatral de Chico Buarque e Ruy Guerra “Calabar” musical e tem uma música que ilustra nosso assunto “Fado Tropical”.       





                                               OSMAR ESPECTADOR


Coleção de Programas de Teatro das décadas de 40 e 50














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