segunda-feira, 10 de agosto de 2020

COLUNA

 

Zurc Nacif

 

Todos perplexos, todos nós do Instituto, pois nenhum assunto é mais importante do que o trágico momento que passamos. Hoje, mais do que 100.000 mil mortos no Brasil, pelo vírus que ameaça a vida do mundo todo. Uma imensa corrida pela vida, uma guerra que nos levou semana passada nosso ator Gésio Amadeu.

Esta semana já começa repleta de desgraças, de tristezas. É revoltante a atitude amorfa do presidente do nosso país. Cem mil e ele acha que não é nada, fala disso com desdém, sem consciência de sua posição de chefe de Estado. Não dá para “tocar a vida”, não dá mais para não reagir. Porém, parece que o povo continua em “berço esplêndido”, dormindo e se aglomerando no Brás para “comprar” o quê? Aglomerado no Shopping para ver vitrine, ou beber no Boteco, ou... aglomerado como gado em conduções para ir trabalhar e ganhar mal!

Em nenhum momento vi alguma reação quanto às suas próprias condições: más condições de moradia, falta de saneamento básico, de baixos salários e por aí vai. NÃO VEJO UMA AGLOMERAÇÃO DE PROTESTO QUANTO A ESTE GOVERNO DO PAÍS COMPLETAMENTE OMISSO. Desligado e vivendo mal, um povo que coloca tudo nas mãos de um deus distante, não se reconhece como cidadão, não reconhece o seu poder, de todos juntos IRMOS PARA ÀS RUAS reivindicar o direito à saúde, ao alimento saudável, ou teremos de esperar por uma desgraça como Beirute?

O desastre que abalou a cidade de Beirute não foi externo, foi de responsabilidade do governo, ou da falta de. Mesmo que fosse um atentado, continuaria a ser responsabilidade do governo, pois o local seria um alvo fácil. Mas o povo de lá não é brasileiro, só quem tem o sangue árabe correndo nas veias sabe como é. E, além disso, a   resistência árabe foi forjada por várias guerras, eles não temem nada, nem o vírus, eles saem às ruas para protestar! É comovente e inspirador como o povo árabe não se curva!

Juntos seremos mais de cem mil, juntos venceremos a mediocridade e a pobreza.

“Quando perdemos um ser humano, estamos perdendo toda a nossa humanidade.”            

 

QUANDO É QUE O POVO VAI PARA ÀS RUAS?