domingo, 18 de novembro de 2012




COLUNA DE TEATRO - O GLOBO - POR ZORA SELJAN – 17/06/1960
“O Teatro e sua Técnica”
Acaba Osmar Rodrigues Cruz de publicar pela Livraria Teixeira, de São Paulo, um bom trabalho intitulado “O Teatro e sua Técnica”. Este livro como diz o autor, não tem a pretensão de doutrinar, nem apresentar algo novo. Dirige-se aos amadores, àqueles que se iniciam na arte dramática.
Aconselhamos este livro por ter-nos parecido honesto e feito por que revela grande experiência de professor. Achamos que livros assim podem impulsionar o movimento teatral amador e mesmo criar teatro em lugares que não existem cursos de arte dramática. Para que se tenha ideia de sua validade, basta uma vista de olhos no prefácio e na seleção de matérias: ARTE DE DIZER: respiração - mecanismo de voz – pronúncia – declamação – dicção – análise do texto – inflexão – palavras de valor – ritmo; ARTE DE REPRESENTAR: introdução – conhecimentos gerais – o ator e o comediante – vocação e inteligência – a estrutura do palco – interpretação interior, estudos preliminares – o caráter, as emoções - observação e estudo do papel – a verdade – memória e emoção – imaginação – concentração, ação interpretativa – identificação – ritmo – interpretação exterior. Expressão corporal das emoções – relaxamento dos músculos, ginástica rítmica – gestos – fisionomia – mímica – pantomima – improvisação – representação; A ENCENAÇÃO: direção – representação dos atores, cenário – indumentária – iluminação – adereços – pessoal técnico – texto – vocabulário; ILUMINAÇÃO CÊNICA: a evolução – análise prática – notas técnicas.
Transcrevemos ao acaso um dos temas abordados, o de “Ator e o Comediante”, Louis Jouvet distingue na arte de representar duas classes de intérpretes: o ator e o comediante. “O ator é aquele que interpreta um só gênero dramático, isto é, comédia ou drama. Mesmo que tenha uma bagagem técnica e cultural muito grande, ao tentar outro gênero, não consegue uma interpretação verdadeira. Cita Sarah Bernardt o caso de Cocquelin, que tinha como maior desejo interpretar uma tragédia, todavia seu físico e sua fisionomia não o permitiam. Já o comediante, pelos dotes físicos ou naturais, é aquele que pode com igual perícia dar a ambos os gêneros interpretação de valor”.

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