domingo, 14 de julho de 2013

O SANTO MILAGROSO


 
Luiz Parreiras e Nize Silva
Foto: Silvestre Silva




Trecho de crítica – O Estado de S. Paulo
por Ilka Marinho Zanotto – 8/4/1981

Teatro retorna a sua função quase esquecida: divertir

[...]. No TPS, Osmar Rodrigues Cruz, afirma-se como diretor preciso e criativo que explodiu em O Poeta da Vila, confirmou-se em A Falecida e agora dá ao texto de Lauro César Muniz, o tratamento definitivo, ultrapassando de tal maneira as encenações anteriores que é como se somente hoje o verdadeiro Santo Milagroso houvesse vindo à luz. Não há réplica, movimento, intenção (primeira ou segunda), ação ou reação dessa história trepidantemente concebida que não seja explorada até a sua máxima potencialidade. Tudo é forte, fluente e veraz no texto de Lauro César e no espetáculo de Osmar Cruz. Tão vivo e contundente como são perenes os mecanismos de mistificação habilmente explorados por alguns em detrimento de muitos e tão inteligente e bem-humoradamente descritos pelo autor. O fascínio maior do espetáculo decorre da contraposição eficaz de um clima idílico criado a partir da pacatez sonhada de uma vida interiorana perdida nos confins dos tempos e dos lugares, e do movimento acelerado das ambições de todos os naipes que impulsionam a trama.
(in Osmar Rodrigues Cruz Uma Vida no Teatro Hucitec 2001)






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