Todo o elenco ao final do espetáculo |
Trechos de crítica – A Tribuna de Santos
por Carmelinda
Guimarães – 2/10/1988
[...]. O TPS foi buscar uma comédia
de Gastão Tojeiro, de 1921, para comemorar seus vinte e cinco anos de
atividades, e criou um espetáculo adorável com Onde Canta o Sabiá.
[...]. Osmar Rodrigues Cruz que tem
recuperado para a cena os clássicos do teatro brasileiro, mas como homem
comprometido com o grande público do TPS, ele tem feito esta recuperação
utilizando peças que fizeram grandes sucessos populares. Foi o caso de Feitiço de Oduvaldo Vianna, e agora de Sabiá, de Gastão Tojeiro, que na época
de sua primeira encenação atingiu duzentas representações.
A montagem atual está destinada a
atingir o mesmo sucesso. Direção precisa de Osmar Rodrigues Cruz, cenografia
adequada de Zecarlos de Andrade.
[...]. “Um sabiá que canta,
mostrando que as aves que lá gorjeiam, não gorjeiam como aqui...” A peça salvou
uma temporada, exaltou um autor e consagrou definitivamente no conceito do
público valores novos da cena nacional, como Procópio Ferreira, Artur de
Oliveira, Manuel Durães, Abigail Maia, Apolônia Pinto. Atores como Nestório
Lips, por exemplo, nunca mais puderam gozar de oportunidade semelhante para
merecer tão fartos aplausos do público. Viriato e Oduvaldo, à vista do grande
sucesso da peça, resolveram elevar para cinquenta mil-réis por sessão. Gastão
não aceitou. Era muito, afinal, depois de alguma relutância, concordou em
receber trinta mil-réis por sessão. Dois meses depois da retirada do cartaz, a
peça voltava à cena, para fazer o público retornar ao velho “Trianon”.
(in Osmar Rodrigues Cruz Uma
Vida no Teatro Hucitec 2001)
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