INSTITUTO OSMAR RODRIGUES CRUZ
TEATRO NACIONAL POPULAR BRASILEIRO (TNPB)
Parte 2
Fizemos, por nossa conta, um enxugamento da segunda e terceira parte,
pois a retórica portuguesa e discussões de autores e analistas é realmente
maçante. Ninguém duvida de que este prefácio de João Ribeiro é uma pérola de
informações relevantes da própria história geral. A análise e a história da
Inquisição, na primeira parte, é excelente, situa o poeta e mostra sua curta
vida entre nós.
“As representações teatrais pelos começos do século XVIII
correspondiam à decadência deste gênero literário em Portugal. Em regra, as
melhores comédias e quase as únicas eram as espanholas, que monopolizaram a
cena por muito tempo ainda em concorrência com a ópera italiana, no reinado de
D. João V. Sob os auspícios e proteção deste rei magnífico a Ópera régia e
deslumbrante suplantou o pobre teatro português, e os seus democráticos pateos
de comedias frequentados pelo povo. Antônio José, porém, reergueu-o.
A invenção genial do poeta foi ajuntar à comédia de tipo espanhol
algo da ópera italiana, entremeando de músicas nacionais e italianas, ou árias
os diálogos das suas peças. Assim contrapôs à estrangeira a ópera popular e
nacional, menos culta ou científica, mas muito mais profunda porque se prendia
às raízes da alma e da tradição popular.”
(...)
“Qualquer que sejam, porém, a ciência e a técnica dos conhecedores
de teatro, as verdadeiras obras de arte são sempre aquelas que mereceram e
merecem a eterna estima do povo.
Literatura para poucos é uma invencionice da mediocridade. Toda
literatura é essencialmente popular, e é apenas a expressão mais alevantada e
mais erguida das ideias, tradições e sentimentos do povo.”
(grifo nosso)
Muitos textos são atribuídos a Antônio José, porém não se tem registro
de publicação. Alguns nem foram encenados, outros sempre fizeram muito sucesso
e eram representados no Teatro do Bairro Alto em Lisboa.
Registro das suas obras sempre intituladas como Óperas Portuguesas:
Dom Quixote, Labirinto de Creta, Júpiter e Alcmena ou Anfitrião, A
Ezopaida, Guerras do Alecrim e Manjerona, Variedades de Proteu, Precipício de
Faeonte, Os Encantos de Medéia, Adriano em Syria, Semiramis, Filinto,
Adolonymo, Ninfa Siringa, Encantos de Circe e Obras do Diabinho da mão furada.
O Grupo de Teatro do Grêmio Caixa Econômica Federal traz um teatro de repertório com a apresentação de três textos. Os Irmãos das Almas de Martins Pena, Amor por Anexins de Artur Azevedo e O Aniversário de Anton Tchecov, estes dois últimos peças curtas. Este Grupo coeso criado por Osmar Rodrigues Cruz e J. E. Coelho Neto, apresentará Guerras do Alecrim e Manjerona de Antônio José da Silva citado acima.
OSMAR ESPECTADOR
Coleção de Programas de Teatro das décadas de 40 e 50
O Grupo de Teatro do Grêmio Caixa Econômica Federal traz um teatro de repertório com a apresentação de três textos. Os Irmãos das Almas de Martins Pena, Amor por Anexins de Artur Azevedo e O Aniversário de Anton Tchecov, estes dois últimos peças curtas. Este Grupo coeso criado por Osmar Rodrigues Cruz e J. E. Coelho Neto, apresentará Guerras do Alecrim e Manjerona de Antônio José da Silva citado acima.
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