Estamos postando hoje mais dois itens do Blog.
OSMAR
ESPECTADOR
Coleção de Programas de Teatro das décadas de 40 e 50
A Companhia Dulcina Moraes e Odilon Azevedo apresentam "Irene" de Pedro Bloch com direção de Dulcina Moraes.
COLUNA
Zurc
Nacif
Certamente, o assunto
dominante é a pandemia do corona vírus. Como não estou aqui para dar curso de
filosofia, mas pensar junto a vocês nosso dia a dia, refletindo melhor com a
ajuda da filosofia, gostaria de focar num ponto importante desta fase pela qual
passamos. Nossa relação com os outros que nos cercam e com aqueles que não
podemos ver ao vivo, trás à tona um sentimento crucial neste momento – a
solidariedade. Será que conseguimos nos colocar no lugar do outro? Será que
conseguimos ajudar o outro sem querer nada em troca?
Nossa solidão, mesmo
que em família, faz com que pensemos em nossa própria condição humana. Como
exemplo, nós em sociedade com o mundo temos emprego, alimentação, casa própria,
e ainda não fomos infectados pela covid-19. Estamos bem, o outro, às vezes bem
próximo, não tem mais emprego, a alimentação está acabando e não há mais
dinheiro, a moradia é alugada! Céus! O quê eu faria? Posso ajudar? Sim, se eu
sou o primeiro exemplo e posso contribuir, porque não, com um pouco de alimento
que compro no supermercado, ou com dinheiro, ou com um emprego temporário que
possa ajudá-lo... são inúmeras possibilidades. Porém a maioria das pessoas não
quer encarar o próximo, bem próximo. Vai em algum lugar onde aceitam doações e não
quer ver e saber para quem estão doando, recusa-se a enxergar o mais próximo,
aquele que vê todo dia até. Vê, mas não se interessa em saber como está, se
adoeceu, se perdeu seu emprego, mas nem um papinho para o outro desabafar.
Está ocupado demais no
seu “home office”, faz quarentena e sua geladeira está cheia. Meio cafona, mas
seu coração está vazio. Sem a solidariedade não somos nada, ser solidário faz
parte da natureza humana, este sentimento nos foi desviado pelo desenfreado
capitalismo que domina nossa maneira de ser. Os mais puros sentimentos foram
alterados e substituídos pela ganância de ser o melhor, “melhorar de vida” e
comprar, comprar e comprar! Então vai e compre uma cesta básica e dê a alguém,
pergunte quem está bem ou não, volte a ser humano!!!
Porque nesse momento
todos estão sentindo um medo profundo de ser contaminado e morrer. Não há plano
de saúde que arranje um leito de UTI, um respirador, medicamentos e a cura. A
grande angústia é um só instinto inato a todos – o instinto de preservação, de
vida, e a preocupação maior em querer vida deveria transcender a nós mesmos e
se estender ao outro. Romperíamos com esse gesto todo o capitalismo, todo
sistema que nos leva ao egoísmo, passaríamos a olhar e ver o outro como uma
extensão de nós mesmos construindo juntos um mundo muito, MAS MUITO melhor.
USE MÁSCARA QUANDO
SAIR FIQUE EM CASA SE PUDER