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Instituto Osmar Rodrigues Cruz
TEATRO NACIONAL POPULAR BRASILEIRO
(TNPB)
AINDA
UM POUCO DE HISTÓRIA...
Todo
país colonizado e colônia por muito tempo, como é o caso do Brasil, há de levar
em conta dois fatores que influenciam sua produção artística. Seja na
literatura como na dramaturgia sofremos influência do povo que já habitava este
país, os indígenas, os que vieram para cá negros e os colonizadores
portugueses.
Na
mestiçagem decorrente da convivência entre esses povos houve a prevalência da
influência dos negros, pois estavam mais próximos dos dominadores, os
portugueses. Os índios, é claro, tiveram primazia com os “brancos” no processo
de mestiçagem. Porém os índios que resistiram e puderam fugir da escravidão,
desapareceram nas matas e lá permaneceram refugiados. Os negros unidos em sua
condição de escravos também reagiram, mas sem êxito, deixando-nos sua imensa
cultura. Podemos inferir que o português, com seus hábitos europeus, foi a
maior influência em nossa cultura tentando imitar a corte com seus parcos conhecimentos
e ostentar riqueza. Enfim começam a nascer os herdeiros da mestiçagem, o
brasileiro que somos todos nós.
Como
já vimos o Brasil foi dividido em Capitanias Hereditárias que não deram certo!
Então o rei de Portugal resolve mudar o sistema político brasileiro da Colônia
Brasil em Governo Geral. Não muda muita coisa, apenas a centralização no
Governo Geral da arrecadação do que era extraído do país. O primeiro Governador
Geral foi Tomé de Souza, após meio século do descobrimento. Lembrando que as
áreas habitadas do país eram São Vicente, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia,
Pernambuco e Maranhão.
Nessa
época a Europa passava por uma crise séria, econômica, é claro, e Portugal
continuava de olho muito aberto para o Brasil e seus lucros. Assim como, os
franceses e holandeses que tentavam invadir o Brasil. Enquanto isso no mundo
ocorrem fatos importantes para o teatro mundial, a criação do Teatro Kabuki no
Japão, que torna-se seu teatro nacional e a obra A Fábula de Orfeu de Monteverdi que estabelece a ópera como forma
de arte em 1607.
E
no Brasil passamos dois, eu disse 2, séculos sem registro de atividades
teatrais. O mínimo que podemos dizer é que companhias portuguesas vinham ao
Brasil, porém não há registros para comprovar. Na Europa a vida fervilhante de
arte e aqui não havia nem público para apreciar os abnegados artistas. Um público
reduzido que não frequentava a praça onde artistas de todo tipo (malabaristas,
palhaços e atores) se apresentavam nas feiras. De uma Idade Média mal vivida o
Brasil passará para um capitalismo selvagem.
OSMAR
ESPECTADOR
Coleção de Programas de Teatro das décadas de 40 e 50
Hoje uma homenagem à Nicette Bruno, Antunes Filho e José Renato. E saudosas lembranças de Paulo Goulart, Bassano Vaccarini,Walmor Chagas, Ruggero Jacobbi e Clovis Garcia.
Riquíssimo programa que conta com artigos de Ruggero Jacobbi e Clovis Garcia. Além das maravilhosas fotos de Fredi Kleemann.
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