quinta-feira, 1 de novembro de 2018










Instituto Osmar Rodrigues Cruz




Após a conturbada quinzena das eleições voltamos ao trabalho, ao nosso cotidiano de resistência. Por isso, pensamos em publicar um texto que reúna a todos que trabalham com teatro, educação, cultura e todas as artes. Aos nossos leitores vale a reflexão para um futuro melhor.

“O Teatro Brasileiro está em crise porque o Brasil ainda não conseguiu educar o seu povo ao ponto de se tornar o teatro uma verdadeira exigência de sua civilização. O teatro é uma necessidade, mas só existirá quando o povo dele venha a sentir falta.(...) não basta proteger e amparar o teatro para que ele exista, se antes não são solucionados os problemas de ordem econômica, o da difusão do ensino e até o da própria saúde pública. Um povo inculto não é um povo civilizado, e o Teatro é um produto espontâneo da civilização. Onde há cultura, haverá necessariamente, Teatro. E disso depende até o próprio padrão de vida dos povos, cujo nível econômico está sempre em relação com a cultura, que mostra os caminhos a seguir para a consecução desse máximo ideal de todos os povos civilizados: independência econômica.”
(...)
“A história das civilizações ensina que as artes só florescem, em todos os países, apenas em épocas de fastígio econômico. O velho pré-conceito, segundo o qual é a miséria a maior força criadora da arte, pode absurdamente aplicar-se aos indivíduos, mas nunca às coletividades. Um povo pobre será sempre inimigo das artes. Um povo pobre será sempre um povo doente, e um povo doente será sempre contrário, naturalmente, a quaisquer manifestações do espírito.”   

Joracy Camargo