INSTITUTO OSMAR RODRIGUES CRUZ
TEATRO NACIONAL POPULAR BRASILEIRO (TNPB)
Esta é uma modesta pesquisa, em textos breves, sobre nosso Teatro Nacional
Popular
Brasileiro tão esquecido e controverso. Mergulhar na história é uma
tarefa que
nunca é demais, pois a história é um processo dinâmico que trás desafios
e
mudanças. O repertório do teatro dirigido por Osmar Rodrigues Cruz
sempre foi
muito eclético e popular, privilegiando sempre que possível o teatro
nacional.
Por isso, desejamos aplicar um tom coloquial e sem pretensões
acadêmicas, nosso
alcance quer buscar o diálogo, críticas, opiniões, colaborações e acima
de tudo instigar no leitor o gosto da leitura e pesquisa.
O Prêmio foi de Melhor Diretor de Comédia, uma lindíssima escultura do personagem da Commedia dell’Arte Arlequim.
“A Brasilidade de Antônio José”
Osmar Rodrigues Cruz cita em nosso livro este
texto de Cândido Jucá, da Academia Carioca de Letras, em edição de 1940, onde
defende a tese da brasilidade do autor. Cândido Jucá foi um pesquisador e
professor de nosso idioma, sua análise dos textos de Antônio José é impecável
demonstrando trechos das peças e encontrando o que chama de “brasileirismo de
linguagem”. Prova disso são trechos de seus diálogos que não citaremos, pois a
análise seria cansativa onde enfoca o emprego de pronomes em nosso idioma. Mas
Cândido Jucá nomeia o teatro de Antônio José como “carioca” e por isso “cáustico”.
Seu lirismo transparece em seus originais nas músicas, já que o teatro dele era
ópera “popular e nacional”, com o estilo do teatro de feira espanhol. Além de
tudo era um mestre em Teatro de Marionetes tão divertido quanto elaborado até
os dias de hoje.
Um dia Antônio José, que já ocupava o Teatro do Bairro
Alto de Lisboa, um salão no antigo Palácio do Conde de Loure, faz sua estreia
no Carnaval de 1737 da “Ópera Joco-Séria, Guerras do Alecrim e Manjerona”.
Em 1954, um elenco amador da Caixa Econômica Federal,
sob a direção de Osmar Rodrigues Cruz concorre no I Festival Paulista de
Teatro Amador com este texto Guerras do Alecrim e Manjerona de Antônio
José da Silva.
Nas palavras de Osmar “(...) foi sucesso, ganhei
prêmio. Eu adoro o Antônio José da Silva, acredito que, depois de Gil Vicente
em língua portuguesa, ele é o maior autor. E considero o Antônio José
brasileiro, porque ele nasceu no Brasil.(...)”
O Prêmio foi de Melhor Diretor de Comédia, uma lindíssima escultura do personagem da Commedia dell’Arte Arlequim.
No programa da peça para o Festival tem um texto de Osmar como referência da peça e gostaríamos de mostrar o final dele:
"Que não seja a última peça a ser montada do célebre Antônio José! É possível que daqui a algum tempo voltemos com o "Anfitrião", já que o Grupo do Grêmio Caixa Econômica Federal pretende dar a conhecer os melhores textos do teatro brasileiro, este pobre teatro brasileiro, tão atacado, mas tão pouco conhecido e tão pouco REPRESENTADO."
Hoje, excepcionalmente vamos publicar o Programa da Peça do Festival.