Trecho de crítica – O Estado de S. Paulo
por Ilka Marinho
Zanotto – 8/4/1981
Teatro retorna a sua
função quase esquecida: divertir
[...]. No TPS, Osmar Rodrigues Cruz,
afirma-se como diretor preciso e criativo que explodiu em O Poeta da Vila, confirmou-se em A Falecida e agora dá ao texto de Lauro César Muniz, o tratamento
definitivo, ultrapassando de tal maneira as encenações anteriores que é como se
somente hoje o verdadeiro Santo Milagroso
houvesse vindo à luz. Não há réplica, movimento, intenção (primeira ou
segunda), ação ou reação dessa história trepidantemente concebida que não seja
explorada até a sua máxima potencialidade. Tudo é forte, fluente e veraz no
texto de Lauro César e no espetáculo de Osmar Cruz. Tão vivo e contundente como
são perenes os mecanismos de mistificação habilmente explorados por alguns em
detrimento de muitos e tão inteligente e bem-humoradamente descritos pelo
autor. O fascínio maior do espetáculo decorre da contraposição eficaz de um
clima idílico criado a partir da pacatez sonhada de uma vida interiorana
perdida nos confins dos tempos e dos lugares, e do movimento acelerado das
ambições de todos os naipes que impulsionam a trama.
(in Osmar Rodrigues Cruz Uma
Vida no Teatro Hucitec 2001)
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