segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

INSTITUTO OSMAR RODRIGUES CRUZ



TEATRO NACIONAL POPULAR BRASILEIRO (TNPB)


Resolvemos, introduzir paralelamente aos programas de teatro uma modesta pesquisa, em textos breves, sobre nosso Teatro Nacional Popular Brasileiro tão esquecido e controverso. O repertório do teatro dirigido por Osmar Rodrigues Cruz sempre foi muito eclético e popular, privilegiando sempre que possível o teatro nacional. Por isso, desejamos aplicar um tom coloquial e sem pretensões acadêmicas, nosso alcance é buscar o diálogo, críticas, opiniões, colaborações e acima de tudo instigar no leitor o gosto da leitura e pesquisa. 



O REI FUGIU!

Em 1808 Portugal é ameaçada de ocupação vinda da aliança franco-espanhola. D. João numa atitude muito nobre resolve fugir de Portugal, com toda a sua corte, para a colônia chamada Brasil. E assim aqueles escolhidos trouxeram tudo o que podiam e não podiam trazer para os trópicos, tapetes, casacos, cortinas e toda a parafernália da corte.

D. João vem com o propósito de reformar a cidade do Rio de Janeiro, numa autêntica cidade da corte. Dá início à reforma fundando um banco, é claro, o Banco do Brasil! E manda construir prédios públicos e residências reais para os “seus” súditos ilustres. Constrói a Biblioteca Nacional e Teatros... convida companhias teatrais portuguesas a virem se apresentar no Brasil.

Em 1816 trás ao Brasil a chamada Missão Francesa, que era composta por artistas pintores, escultores, gravadores e arquitetos franceses. Com eles vem também Jean-Baptiste Debret que conta através de imagens a vida cotidiana dos moradores da cidade, é chamado o cronista de imagens que retratam a história social do Brasil.

O Real Teatro de São João no Rio de Janeiro foi construído em 1813, porém já existia na cidade o Teatro de Manoel Luís desde 1774. Mas a exuberância do Teatro de São João era incomparável. Por lá passaram grandes companhias estrangeiras de balé, ópera e declamadores, comuns nessa época, assim como companhias teatrais. Os primeiros atores portugueses foram vistos pela elite, é claro! Demoraria um pouquinho para que surgissem nos palcos os textos teatrais dos maiores gênios brasileiros: Joaquim Manuel de Macedo (1807-1849) romancista consagrado e um dramaturgo sensacional, crítico da sociedade de sua época; Martins Pena (1815-1848); França Junior (1838-1890) e Arthur Azevedo (1855-1908). Este é nosso caminho daqui para frente, falar um pouco de cada um e analisar uma peça que tenha sido montada por Osmar Rodrigues Cruz.     





Coluna
Zurc Nacif

Quando Eugênia me convidou para seguir seu Blog, fiquei apaixonado pelos textos, pela história de Osmar que já tinha visto no livro, enfim pelos programas antigos de teatro que ilustram nossa própria história do teatro. Infelizmente não sou artista, sou professor de filosofia e nos conhecemos na graduação do curso de Filosofia da PUC/SP, eu continuei carreira acadêmica e fomos nos encontrar na USP, eu dando aulas e Eugênia fazendo mestrado e depois doutorado. Quando o Blog foi lançado, recebi um e-mail e prontamente venho seguindo-o e nos falando sobre a atual situação do Brasil, suas dificuldades em tocar o Instituto, mesmo sem recurso algum. E agora sentimos essa necessidade de dar opinião sobre o nosso país.

Sou voluntário no Blog e não sou jornalista, mas meus títulos podem justificar o nome Coluna. Na verdade, desejo dar minha contribuição para podermos pensar o momento atual, por meio de uma reflexão da vida que vivemos por aqui. Ela gentilmente chamou a coluna de política, porque embora não sejamos políticos em Brasília, somos políticos na vida de nosso país.

Aristóteles chama o ser humano de “único animal político”, por quê? Enquanto somos participantes como cidadãos na vida cotidiana de nosso meio social, somos seres políticos. Política vem de “polis”, palavra dos tempos gregos de Aristóteles, que significa cidade. Os cidadãos daqueles tempos eram os homens livres da época, desconsiderando escravos, mulheres e crianças! E assim foi criado o conceito de democracia, onde quase todos podiam emitir suas opiniões. E baseados nisto o conselho de anciãos davam a última palavra sobre as questões deliberadas. Felizes tempos? Tenho minhas dúvidas, o conceito de democracia foi sendo modificado através do tempo, as cidades foram aumentando e o conceito de política dIstorcido. É assim que tocaremos nossa Coluna, até mais.



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