TEATRO NACIONAL POPULAR BRASILEIRO (TNPB)
Resolvemos, introduzir paralelamente aos programas
de teatro uma modesta pesquisa, em textos breves, sobre nosso Teatro Nacional
Popular Brasileiro tão esquecido e controverso. O repertório do teatro dirigido
por Osmar Rodrigues Cruz sempre foi muito eclético e popular, privilegiando
sempre que possÃvel o teatro nacional. Por isso, desejamos aplicar um tom
coloquial e sem pretensões acadêmicas, nosso alcance é buscar o diálogo,
crÃticas, opiniões, colaborações e acima de tudo instigar no leitor o gosto da
leitura e pesquisa.
O REI FUGIU!
Em 1808 Portugal é
ameaçada de ocupação vinda da aliança franco-espanhola. D. João numa atitude
muito nobre resolve fugir de Portugal, com toda a sua corte, para a colônia
chamada Brasil. E assim aqueles escolhidos trouxeram tudo o que podiam e não
podiam trazer para os trópicos, tapetes, casacos, cortinas e toda a parafernália
da corte.
D. João vem com o
propósito de reformar a cidade do Rio de Janeiro, numa autêntica cidade da
corte. Dá inÃcio à reforma fundando um banco, é claro, o Banco do Brasil! E
manda construir prédios públicos e residências reais para os “seus” súditos
ilustres. Constrói a Biblioteca Nacional e Teatros... convida companhias
teatrais portuguesas a virem se apresentar no Brasil.
Em 1816 trás ao Brasil
a chamada Missão Francesa, que era composta por artistas pintores, escultores,
gravadores e arquitetos franceses. Com eles vem também Jean-Baptiste Debret que
conta através de imagens a vida cotidiana dos moradores da cidade, é chamado o
cronista de imagens que retratam a história social do Brasil.
O Real Teatro de São
João no Rio de Janeiro foi construÃdo em 1813, porém já existia na cidade o
Teatro de Manoel LuÃs desde 1774. Mas a exuberância do Teatro de São João era
incomparável. Por lá passaram grandes companhias estrangeiras de balé, ópera e
declamadores, comuns nessa época, assim como companhias teatrais. Os primeiros
atores portugueses foram vistos pela elite, é claro! Demoraria um pouquinho
para que surgissem nos palcos os textos teatrais dos maiores gênios
brasileiros: Joaquim Manuel de Macedo (1807-1849) romancista consagrado e um
dramaturgo sensacional, crÃtico da sociedade de sua época; Martins Pena
(1815-1848); França Junior (1838-1890) e Arthur Azevedo (1855-1908). Este é
nosso caminho daqui para frente, falar um pouco de cada um e analisar uma peça
que tenha sido montada por Osmar Rodrigues Cruz.
Coluna
Zurc Nacif
Quando Eugênia me
convidou para seguir seu Blog, fiquei apaixonado pelos textos, pela história de
Osmar que já tinha visto no livro, enfim pelos programas antigos de teatro que
ilustram nossa própria história do teatro. Infelizmente não sou artista, sou
professor de filosofia e nos conhecemos na graduação do curso de Filosofia da
PUC/SP, eu continuei carreira acadêmica e fomos nos encontrar na USP, eu dando
aulas e Eugênia fazendo mestrado e depois doutorado. Quando o Blog foi lançado,
recebi um e-mail e prontamente venho seguindo-o e nos falando sobre a atual
situação do Brasil, suas dificuldades em tocar o Instituto, mesmo sem recurso algum.
E agora sentimos essa necessidade de dar opinião sobre o nosso paÃs.
Sou voluntário no Blog
e não sou jornalista, mas meus tÃtulos podem justificar o nome Coluna. Na
verdade, desejo dar minha contribuição para podermos pensar o momento atual,
por meio de uma reflexão da vida que vivemos por aqui. Ela gentilmente chamou a
coluna de polÃtica, porque embora não sejamos polÃticos em BrasÃlia, somos
polÃticos na vida de nosso paÃs.
Aristóteles chama o ser
humano de “único animal polÃtico”, por quê? Enquanto somos participantes como
cidadãos na vida cotidiana de nosso meio social, somos seres polÃticos. PolÃtica
vem de “polis”, palavra dos tempos gregos de Aristóteles, que significa cidade.
Os cidadãos daqueles tempos eram os homens livres da época, desconsiderando
escravos, mulheres e crianças! E assim foi criado o conceito de democracia,
onde quase todos podiam emitir suas opiniões. E baseados nisto o conselho de
anciãos davam a última palavra sobre as questões deliberadas. Felizes tempos?
Tenho minhas dúvidas, o conceito de democracia foi sendo modificado através do
tempo, as cidades foram aumentando e o conceito de polÃtica dIstorcido. É assim
que tocaremos nossa Coluna, até mais.
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